27.10.11

Grupo Também na 2ª Conferência Estadual LGBT



Aconteceu nesse último final de semana a 2ª Conferência Estadual LGBT em Porto Alegre onde o Grupo Também, mesmo sem apoio da Prefeitura de Pelotas conforme havia sido acordado na Conferência Regional, esteve presente reivindicando pelos direitos da população LGBT.

2ª Conferência Estadual LGBT
O evento teve início na sexta-feira (21) com os painéis “Homo-lesbo-transfobia no contexto local e nacional” e “A construção da cidadania LGBT” por nomes considerados referência no assunto, como a desembargadora aposentada Maria Berenice Dias e a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rosimeri Aquino da Silva. Na cerimônia de abertura estavam presentes a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, e do secretário da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), Fabiano Pereira, entre outras autoridades.

No sábado (22), os 300 delegados presentes na conferência, além de acompanharem o terceiro painel “A construção de políticas Públicas para a população LGBT”, iniciaram as discussões dos grupos de trabalho (GTs) sobre os temas saúde, educação, combate à violência, esportes, juventude, cultura, mercado de trabalho e direitos humanos. Após o levantamento das demandas LGBT do Estado nos GTs, todos os grupos levaram para aprovação em plenária suas propostas que, posteriormente, serão encaminhadas à Conferência Nacional LGBT em Brasília no mês de dezembro, bem como servirão de referência para o governo do Estado na formulação de programas específicos.

Infelizmente, nem tudo ocorreu de forma ideal nesse percurso. Diversos representantes que não participaram das etapas regionais acabaram recebendo o credenciamento como delegados da conferência e tiveram a oportunidade de voto em plenária, favorecendo interesses políticos de alguns. Ao final da noite de sábado, quando ocorreu a eleição dos delegados estaduais que representarão a população LGBT na 2ª Conferência Nacional LGBT, pudemos presenciar diversos problemas de favorecimento por causa da presença de pessoas sem o mínimo envolvimento na causa, mas que em função do credenciamento falho e da fiscalização inexistente por parte da comissão organizadora, acabaram tendo direito ao voto.

No terceiro e último dia, a 15ª Parada Livre de Porto Alegre encerrou o evento com diversos shows e militância. Conseguimos ratificar nosso sentimento de tristeza quando comparamos o evento de lá com a Parada LGBT realizada em nosso município. A Parada de Porto Alegre é, sem dúvida, uma parada feita para a população LGBT lutar por seus direitos e não somente um espetáculo de entretenimento utilizado como massa de manobra para promoção de interesses particulares.

De qualquer forma, nós do Grupo Também Pelotas, consideramos positiva a participação no evento, uma vez que tivemos a oportunidade de aprovar diversas propostas contra a homofobia e a favor de nossos direitos, além do fortalecimento de nosso Grupo, pudemos notar o reconhecimento de nosso trabalho por diversos grupos e ONGs do Rio Grande do Sul. E aos que não tiveram a oportunidade de estar presentes, fica aqui o convite para participar do movimento e colaborar na construção de nossa cidadania.


Delegados na 15ª Parada Livre


19.10.11

Prefeitura de Pelotas nega transporte de militantes para a Conferência Estadual LGBT.


A Prefeitura de Pelotas, representada pela Secretaria de Igualdade Social e pelo Superintendente Sr. Daniel Nobre, negou nesta quinta feira, qualquer possibilidade de auxílio ao transporte da delegação de Pelotas para a Conferência Estadual LGBT do Rio Grande do Sul. A Conferência acontecerá neste final de semana no City Hotel em Porto Alegre e é o mais importante encontro do movimento social e das ONGs que tratam dos direitos da população LGBT no estado. Diante da negativa do poder público - que esteve presente e representado na Conferência Municipal no mês passado, onde assumiu o compromisso de transporte dos delegados, estamos sem previsão nenhuma de transporte. O Grupo TAMBEM Pelotas repudia o comportamento do poder público, em que dinheiro público é gasto em uma Parada LGBT da cidade, que sobretudo promoveu uma festa, onde não foi sequer divulgado quanto dinheiro foi gasto e negam recursos para a militância real.